Reunião de Estudo Temporario ESDE – Tomo 1 – Modulo VI Reencarnação (71)

Ano VII - 28/08/2011
Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita
Resumo Tomo 1 Modulo VI

1- Retorno a vida corporal: União da alma ao corpo

A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais vai se apertando até ao instante em que a criança vê a luz. Este laço se estreita cada vez mais, a medida que o corpo se desenvolve. Desde esse momento, o Espírito sente uma perturbação que cresce sempre; ao aproximar-se do nascimento, ocasião em que ela se torna completa, o Espírito perde a consciência de si e não recobra as idéias senão gradualmente, a partir do momento em que a criança começa a respirar; a união então é completa e definitiva. É definitiva a união, no sentido em que outro Espírito não poderia substituir o que esta designado para aquele corpo. Mas como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porem, a criança não vinga.
Assim o Espírito jamais presencia o seu nascimento. Quando a criança respira, começa o espírito a recobrar as faculdades, que se desenvolvem a proporção que se formam e consolidam os órgãos que lhes hão de servir as manifestações. Ao mesmo tempo que recobra a consciência de si mesmo, perde a lembrança do seu passado, sem perder as faculdades, qualidades e aptidões anteriormente adquiridas, que haviam ficado temporariamente em estado de latência e que, voltando a atividade vão ajudá-lo a fazer mais e melhor do que antes. Ele renasce qual se fizera pelo seu trabalho anterior; o seu nascimento lhe é um novo ponto de partida, um novo degrau a subir.
As elucidativas informações sobre a reencarnação de Segismundo no Livro Missionários da Luz , são fontes de conhecimento sobre o assunto. Resumidamente Andre Luiz, nos informa o seguinte:
a). ...“Os processos de reencarnação estão subordinados a evolução do Espírito. Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem a esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, dispensam o nosso concurso. Outros irmãos, procedentes de zonas inferiores necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de Segismundo. Este obedece a diretrizes mais comuns, porquanto nosso irmão pertence a enorme classe média dos Espíritos que habitam a Crosta, nem altamente bons, nem conscientemente maus”.

b).... “O processo de redução, miniaturização, ou restringimento do perispírito ocorrido no Plano Espiritual, significa estagio preparatório para nova reencarnação. A tarefa de redução executada por Espíritos Construtores, tem como base os processos de magnetização e mentalização. O Espírito é induzido a mentalizar a forma pré-infantil e retorno ao útero materno, como também a lembrar-se da organização fetal. Essa tarefa não é curta nem simples, requisitando esforço geral dos colaboradores para a redução necessária”.

c). ...”Um colaborador espiritual é designado para acompanhar a reencarnação do Espírito até que ele atinja os sete anos, apos o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período a sua tarefa será amenizada. Tomará todas as providencias indispensáveis a harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o reencarnante, seja defendendo o templo maternal contra o assédio de forças menos dignas”.

d). “Em relação a herança genética, o organismo em sua expressão mais densa provem do corpo dos pais, todavia não devemos ver a subversão dos princípios de liberdade espiritual imanente na ordem da Criação Infinita. Por isso mesmo, a criatura terrena herda tendências e não qualidades. As primeiras cercam o homem que renasce, desde os primeiros dias, não só em seu corpo transitório, mas também no ambiente geral em que foi chamado a viver, aprimorando-se; as segundas resultam do labor individual da alma encarnada, na defesa, educação e aperfeiçoamento de si mesma”.


1.1- O processo de concepção ou fecundação
Nos milhares de renascimentos, na Terra, os princípios embriogênicos funcionam, automáticos, a cada dia. A lei de causa e efeito executa-se sem necessidade de fiscalização da nossa parte. Na reencarnação basta o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo daquele que regressa ao campo das formas físicas. Milhões de destinos se reestruturam dessa fora, qual se refaz uma grande floresta. Maternidade é sagrado serviço espiritual em que a alma demora séculos, na maioria das vezes aperfeiçoando qualidades do sentimento.
É oportuno salientar que, em atendimento a certas imposições de planejamento reencarnatório, o processo de fecundação pode ser conduzido por orientadores espirituais altamente qualificados. Lembremos da reencarnação de Segismundo do Livro Missionários da Luz. Andre Luiz relata que Alexandre em vista de ser o missionário mais elevado do grupo em operação de auxilio, dirigia os serviços da concepção: _“Ele podia ver as disposições cromossômicas de todos os princípios masculinos em movimento, depois de haver observado, atentamente, o futuro ovulo materno, presidindo ao trabalho prévio de determinação do sexo do corpo a organizar-se. Apos acompanhar, a marcha dos minúsculos competidores que constituíam substancia fecundante, identificou o mais apto, fixando nele o seu potencial magnético, dando-me a idéia de que o ajudava a desembaraçar-se dos companheiros para que fosse o primeiro a penetrar a pequenina bolsa maternal O elemento focalizado por ele ganhou nova energia sobre os demais e avançou rapidamente na direção do alvo. A célula feminina que, em face do microscópico projétil espermático, se assemelhava a um pequeno mundo arredondado de açúcar, amido e proteínas aguardando o raio vitalizante, sofreu a dilaceração da cutícula e enrijeceu de modo singular, cerrando os poros e impedindo a intromissão de qualquer outro dos competidores. Sempre sobre o influxo luminoso-magnético, o elemento vitorioso prosseguiu a marcha, depois de atravessar a periferia do ovulo, gastando pouco mais de quatro minutos para alcançar o seu núcleo. Ambas as forças, masculina e feminina, formavam agora uma só, convertendo-se ao meu olhar em tenuíssimo foco de luz. O meu orientador (Alexandre) tocou a pequenina forma com a destra, mantendo-se no serviço da divisão da cromatina. Em seguida, Alexandre ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de Raquel (a mãe), sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei que essa vida latente começou a movimentar-se.”

1.2 A gravidez ou gestação
A mulher grávida além da prestação de serviço orgânico a entidade que se reencarna, é igualmente constrangida a suportar-lhe o contato espiritual, que sempre constitui um sacrifício quando se trata de alguém com escuros débitos de consciência. A organização feminina, durante a gestação, sofre verdadeira enxertia mental. Os pensamentos do ser que se acolhe ao santuário intimo, envolvem-na totalmente, determinando significativas alterações em seu cosmo biológico. Se o filho é senhor de larga evolução e dono de elogiáveis qualidades morais, consegue auxiliar o campo materno, prodigalizando-lhe sublimadas emoções e convertendo a maternidade, habitualmente dolorosa, em estação de esperanças e alegrias intraduzíveis.
A corrente de troca entre mãe e filho não se circunscreve a alimentação da natureza material; estende-se ao intercambio constante das sensações diversas. As mentes de um e de outro como se justapõem, mantendo-se em permanente comunhão, ate que a Natureza complete o serviço que cabe no campo. De semelhante associação, procedem os chamados “sinais de nascença”. Certos estados íntimos da mulher alcançam, de algum modo, o principio fetal, marcando-o para a existência inteira. É que o trabalho da maternidade assemelha-se a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso mesmo, muita cautela e harmonia para que a tarefa seja feita.
É comum a verificação de exagerada sensibilidade na mulher que engravida. A transformação do sistema nervoso, nessas circunstancias, é indiscutível. A explicação é muito clara. A gestante é uma criatura hipnotizada a longo prazo. Tem o campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do Espírito que lhe ocupa as possibilidades para o serviço de reincorporação no mundo. Quando o futuro filho não se encontra suficientemente equilibrado diante da Lei, e isso acontece quase sempre, a mente maternal é suscetível de registrar os mais estranhos desequilíbrios, porque a maneira de um médium, estará transmitindo opiniões e sensações da entidade que empolga.


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