Reunião de Estudo Temporario ESDE – Tomo 1 – Modulo VI Reencarnação (69)

Ano VII - 14/08/2011
Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita
Resumo Tomo 1 Modulo VI

Reencarnação
1- Fundamentos da Reencarnação

A idéia de reencarnação não é recente e nem foi inventada pelo Espiritismo. Trata-se na verdade, de uma crença muito antiga. [...] Ensinando o dogma da pluralidade das existências corporais, os Espíritos renovam na doutrina que teve origem nas primeiras idades do mundo e que se conservou no intimo de muitas pessoas, ate aos nossos dias. Simplesmente, eles a apresentam de um ponto de vista mais racional, mais acorde com as leis progressivas da natureza e mais de conformidade com a sabedoria do Criador, despindo-a de todos os acessórios da superstição.
[questão 171 – L.E.] A doutrina da reencarnação, isto é a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde a idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indicam e os Espíritos a ensinam.
Deus em sua justiça, não pode ter criado almas desigualmente perfeitas. Com a pluralidade das existências, a desigualdade que notamos nada mais apresenta em oposição a mais rigorosa equidade: é que apenas vemos o presente e não passado.
O principio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei de progresso. Sem a reencarnação, como se explicaria a diferença que existe entre o presente estado social e dos tempos da barbárie?
A pluralidade das existências, cujo principio o Cristo estabeleceu no Evangelho (João, 3:1-12 dialogo entre Jesus e Nicodemos) [...] é uma das mais importantes leis reveladas pelo espiritismo, pois que lhe explica todas as aparentes anomalias da vida humana; as diferenças de posição social; as mortes prematuras; que sem a reencarnação, tornariam inúteis a alma as existências breves; a desigualdade de aptidões intelectuais e morais, pela ancianidade do Espírito que mais ou menos aprendeu e progrediu, e traz nascendo, o que adquiriu em suas existências anteriores.
Com a reencarnação desaparecem os preconceitos de raças de castas pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. [...]
Reconheçamos portanto em resumo, que só a doutrina da pluralidade das existências explica o que, sem ela, se mantém inexplicável; que é altamente consoladora e conforme a mais rigorosa justiça; que constitui para o homem a ancora de salvação que Deus, por misericórdia, lhe concedeu.

2- Finalidades da Reencarnação
Deus lhe impõe a encarnação com a finalidade de fazê-lo chegar a perfeição. Para uns é expiação, para outros, missão. Mas para que alcancem esta perfeição tem que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que esta a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de por o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de ai cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.
A encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do Espírito: ao progresso intelectual, pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas ou mas qualidades. A bondade, a maldade, a doçura, a violência, a benevolência, a caridade, o egoísmo, a avareza, o orgulho, a humildade, a sinceridade, a franqueza, a lealdade, a má-fé, a hipocrisia, em uma palavra, tudo o que constitui o homem de bem ou o perverso tem por móvel, por alvo e por estimulo as relações do homem com os seus semelhantes. “ Para o homem que vivesse insulado não haveria vícios nem virtudes; preservando-se do mal pelo insulamento, o bem de si mesmo se anularia”.
O progresso nos Espíritos é fruto do próprio trabalho; mas como são livres, trabalham no seu adiantamento com maior ou menor atividade, com mais ou menos negligencia, segundo sua vontade, acelerando ou retardando o progresso e por conseguinte a própria felicidade. [...]Todo o Espírito que se atrasa não pode queixar-se senão de si mesmo, assim como o que se adianta tem o mérito exclusivo do seu esforço dando por isso maior apreço a felicidade conquistada.. [...]
O progresso intelectual e o moral raramente marcham juntos, mas o que o Espírito não consegue em dado momento, alcança em outro, de modo que os dois progressos acabam por atingir o mesmo nível. Eis porque se vêem muitas vezes homens inteligentes e instruídos e pouco adiantados moralmente e vice-versa.
É importante considerar, entretanto, que o [...] estado corporal e transitório e passageiro. É no estado espiritual, sobretudo que o espírito colhe os frutos do progresso realizado pelo trabalho da encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas lutas e toma as resoluções que ha de por em pratica na sua volta a humanidade.

3- Provas da Reencarnação
1. Nas idéias inatas
Podem ser observadas na infância, porem, a rigor elas são mais facilmente identificadas a partir da adolescência. [...] o espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo na estrutura psicológica do destino reavendo o patrimônio das realizações e das dividas que acumulou a se lhe regravarem no ser, na forma de tendências inatas, e reencontrado as pessoas e as circunstancias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido.
2. Nas lembranças das existências pretéritas
Podem ser espontâneas e ou provocadas. Surgem sob a forma de imagens fragmentadas, ocorrem flashs de memória que permitam recordações mais completas. As lembranças podem vir em estado de vigília ou durante o sono. A pessoa se vê envolvida por uma sensação de algo conhecido, experimentado, ou visto (deja-vu).
3. Nas comunicações mediúnicas
As comunicações mediúnicas oferecem duas grandes contribuições em apoio a tese reencarnacionista: a informação da identidade de Espíritos que viveram experiências reencarnatorias e a revelação de vidas passadas de pessoas que ainda estão encarnadas. Deus algumas vezes permite que vos seja revelado sua identidade passada se for para vossa edificação e instrução. Ele porem não permite nunca para satisfação de va curiosidade.
4. Nos fenômenos da transcomunicação instrumental
É uma forma dos espíritos se comunicarem através de aparelhos eletrônicos.
5. Nos fenômenos de experiência de quase-morte
É o estado de morte clinica experimentado por alguns momentos, apos os quais a pessoa retorna a vida do corpo físico. E afirmam encontrar, apos a travessia de um túnel ou de outras passagens, seres de luz que as acolhem carinhosamente. E freqüente a recepção pelos parentes e amigos falecidos[...]

[...] Espíritos que se revelam através de organizações mediúnicas, devem ser identificados por suas idéias e pela essência espiritual de suas palavras. Emmanuel
[...] estudando o vosso presente, podeis vos mesmos deduzir o vosso passado.

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