Reunião de Estudo Temporario ESDE – Tomo 1 – Modulo VI Reencarnação (70)

Ano VII - 21/08/2011
Estudo Sistematizado da Doutrina Espirita
Resumo Tomo 1 Modulo VI


1- Planejamento Reencarnatório


A reencarnação não dispensa planejamento, mesmo em se tratando das reencarnações mais simples. Este planejamento pode ser elaborado pelo próprio espírito que deseja ou necessita reencarnar, desde que ele tenha condições morais e intelectuais para tanto. O planejamento pode, no entanto, ser delegado a um Espírito esclarecido, caso o reencarnante não ofereça, no momento, condições para planejar a própria reencarnação, ou opinar sobre a mesma. Neste assunto, sabemos que não existe livre-arbítrio absoluto mesmo em se tratando de Espíritos verdadeiramente superiores. Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo.
É importante destacar que o planejamento reencarnatório prevê em geral, apenas os principais acontecimentos que poderão ocorrer no mundo físico. Os Orientadores Espirituais nos esclarecem: Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades correm por conta da posição em que vos achais; são muitas vezes, conseqüências das vossas próprias ações.
Independente de um Espírito ter elaborado ou participado efetivamente do seu planejamento reencarnatório, não ha garantias de que esse planejamento será cumprido, total ou parcialmente. E essa questão esta ligada as conseqüências do uso do livre-arbítrio, que reflete o nosso nível de evolução moral e intelectual. O livre-arbítrio, repetidamente utilizado de forma incorreta, restringe a nossa capacidade de opinar em um novo planejamento. É por esta razão que os Espíritos dedicados a esse gênero de tarefa consideram toda as ações que executamos, antes e depois da reencarnação, definindo critérios norteadores do planejamento reencarnatório que nos cabe. Efetivamente logo apos a morte do corpo físico, sofre a alma culpada minucioso processo de purgação, tanto mais produtivo quanto mais se lhe exteriorize a dor do arrependimento, e apenas depois disso, consegue elevar-se a esferas de reconforto e reeducação. As vitimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente as necessidades de reajuste, larga internação em zonas compatíveis com o estado espiritual que demonstram.
Passado este período de perturbação espiritual, ocorrido apos a desencarnação, e tão logo revele os primeiros sinais de positiva renovação para o bem, registra [o Espírito] o auxilio das esferas superiores, que por agente inúmeros apóiam os serviços da Luz Divina onde a ignorância e a crueldade se transviam na sombra. Qual doente agora acolhido, o devedor desfruta suficiente serenidade para rever os compromissos assumidos na reencarnação recentemente deixada. Muitas vez, ascendem a escolas beneméritas, aprimoram-se na instrução, aperfeiçoam impulsos e exercem preciosas atividades, melhorando os próprios créditos; todavia as lembranças de erros voluntários entram-se-lhes no Espírito, de vez que eles se sentem necessitados de novas reencarnações com as provas de que carecem para se quitarem consciencialmente consigo próprios. Nesse caso a escolha da experiência é mais que legitima e pelos títulos alcançados nos trabalhos no plano extrafísico, merece a criatura os cuidados preparatórios da nova tarefa em vista, a fim de que haja conjugação de todos os fatores, para que reencontre os credores ou circunstancias imprescindíveis, junto aos quais se redima perante a Lei.
Os Espíritos no início do processo evolutivo ou portadores de marcante perturbação espiritual, ou ainda que demonstram persistente estado de rebeldia perante a Lei de Deus, estão temporariamente impedidos de opinar no próprio planejamento reencarnatório. Nesta situação, a experiência reencarnatória é tutelada por um Espírito esclarecido, apresentando características de compulsoriedade.
O momento preciso para iniciar um planejamento reencarnatório é infinitamente variável de Espírito para Espírito. Depende do grau de entendimento de cada um. Sabe-se por exemplo que o Espírito, leva mais tempo para fazer a escolha das suas provas quando acredita na eternidade das penas apos a reencarnação.
O certo é que se ... soubermos, porem suar no trabalho honesto, não precisaremos suar e chorar no resgate justo. E não se diga que todos os infortúnios da marcha de hoje estejam debitados a compromissos de ontem, porque com a prudência e a imprudência, com a preguiça e o trabalho, com o bem e o mal, melhoramos ou agravamos a nossa situação, reconhecendo-se que todo dia, no exercício da nossa vontade, formamos novas causa, refazendo o destino.
Em suma podemos afirmar que os planejamentos rencarnatórios são muito diversificados, porque diversas são as necessidades humanas.


2- Estudo de Caso Simplificado

A seguinte história foi relatada por Edgar Cayce, notável médium americano, cuja última encarnação que temos notícias ocorreu no período de 1877-1945.
Stela Kirby, uma senhora simpática, tranqüila algo tímida, sempre teve vida difícil, sobretudo depois que, por motivos conjugais e financeiros, se viu na contingência de educar a única filha às próprias custas. Amigos aconselharam-na, então, a trabalhar na área de enfermagem.
Tempos depois, Stella foi encaminhada a uma família rica que procurava alguém para cuidar de um parente enfermo. No acerto das condições de trabalho, ficou estabelecido que Stella receberia bom salário e local para morar com a filha, em aposentos próprios, na residência de seus empregadores.
Quando Stella viu, pela primeira vez, o enfermo do qual deveria cuidar, quase desmaiou, chocada com a situação do enfermo. Tratava-se de um homem de 57 anos, em completo estado de retardamento mental. Sua cama era cercada por uma jaula de ferro. O doente ficava, na maior parte do tempo, sentado, rasgando a roupa que lhe vestiam; recusava-se a comer, mantendo-se em permanente estado de imundície, devido á falta de controle das funções fisiológicas; o olhar era vago, perdido em si mesmo; a inexpressividade ao falar indicava que não tinha a menor consciência do que ocorria à sua volta.
Tomada de coragem, Stella entrou na jaula para cuidar do seu paciente, mas, devido às condições reinantes, passou tão mal que teve que correr ao banheiro, por não poder controlar as náuseas. Presa de angustiante sentimento de desânimo, imaginou que a tarefa poderia ser superior às suas forças.
Entretanto, ao buscar auxílio aos benfeitores espirituais, por intermédio da mediunidade de Edgar Cayce, estes esclareceram (…) que já duas vezes os caminhos de Stella e daquele homem se haviam cruzado. No Egito, ele havia sido filho dela; o asco que ela sentia por ele, no entanto, provinha de uma existência no Oriente Médio, na qual ele foro um rico filantropo que, no entanto, levava uma vida de devassidão, numa espécie de harém, onde praticava abuso de toda sorte. Stella, fora então, uma das infelizes que tinha de se submeter aos seus caprichos. (*) O reencontro de ambos, na presente reencarnação, visava ao perdão mútuo, reajustando-os perante a Lei de Deus. Stella foi também esclarecida por Cayce que, se soubesse agir com afeto, o doente responderia aos seus cuidados. Cabia-lhe, portanto, aprender a amar o enfermo, disposta a reparar o passado desditoso. Abandoná-lo não seria (…) solução, porque a ligação entre os dois continuaria em suspenso, a invadir os domínios de futuras existências. Stella, jamais ouvia falar de reencarnação. Cayce lhe disse, que numa outra existência, na Palestina, ela cuidara de crianças defeituosas e que, portanto, estava habilitada ao trabalho junto ao paciente.Ela voltou á tarefa com nova carga de coragem e nova compreensão de seus problemas. Para encurtar a história: o pobre homem respondeu ao carinhoso de Stella; começou a alimentar-se espontaneamente, a conservar-se limpo e vestido. Com olhar pacificado ele seguia Stella, sem perdê-la de vista um só minuto.
(*)(*) Hermínio C. Miranda. Reencarnação e Imortalidade. 1.ed. Rio de janeiro


Para conhecer mais sobre o planejamento rencarnatorio:
Missionários da Luz (Francisco Candido Xavier - Espírito Andre Luiz) – capitulo 12 e 13 – 26
Nosso Lar (Francisco Candido Xavier - Espírito Andre Luiz) – Ministério do Auxilio
Memórias de um suicida – (Yvone do Amaral Pereira) – Segunda Parte Colônia Correcional Maria de Nazaré
E a Vida Continua - (Francisco Candido Xavier - Espírito Andre Luiz)

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