Reunião de Estudo: Preparacao para o Natal - Parte 3 (2011)

Ano VII - 20/12/2011

Estudo do Livro Jesus o Cristo - Therezinha Oliveira
CAPÍTULO II – E O VERBO SE FEZ CARNE
A HISTÓRIA DO NATAL
Continuacao

OS JUDEUS E NÓS
Quando lemos o relato evangélico, admiramo-nos da cegueira espiritual dos judeus.
Há tanto tempo esperavam pelo Messias! Confiantes nas tradições e nas profecias, aguardavam, esperançosos, que se cumprissem os sinais a seu respeito.
E Jesus chegou, em meio a muitos sinais reveladores.
Por que não o identificaram, não o reconheceram? Esperavam um rei material, guerreiro, libertador físico. Diria o evangelista João: “- E a luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreen deram” (1:5).
Se fosse conosco, pensamos, não nos enganaríamos.
O coração lhe revelaria a presença em emoção superior e o seguiríamos, fiéis, pela existência em fora! Brilhasse a estrela guia, cantassem as vozes celestes! E, desligando nos dos compromissos da matéria, sairíamos ao encontro do Cristo, para nos consagrarmos à sua vinha de verdade e amor!
Entretanto, para os judeus, a estrela brilhou alguns dias apenas e os anjos apareceram e cantaram somente uma vez. Enquanto nós, espíritas, estamos sempre em contato com os mensageiros espirituais, tendo revelações e presenciando sinais. E ainda não nos transforma mos ...
Temos o que os israelitas não tinham: o conhecimen to e entendimento da mensagem do Cristo. No Evange lho de Mateus (cap. 25), aprendemos: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e me hospedastes; estava nu e me vestistes; adoeci e me visitastes; estive na prisão e me fostes ver. Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes.” Nosso próximo em necessidade é Jesus! Esse conhecimento nos permite “ver” o Cristo em cada ser ... E não o reconhecemos! Nem o seguimos no amor ao próximo!
Por que nos admirarmos da cegueira espiritual dos ju deus? Vemos um argueiro, um cisco, no olho do nosso irmão e não vemos a trave que há no nosso!

COMEMOREMOS O NATAL
E todo ano o Natal chega, novamente ... Há quem diga artificiais e inúteis as comemorações natalinas. Se mal compreendidas e mal feitas, sim, pelos excessos no comer e beber, saudações apenas formais e presentes in teresseiros ou vaidosos.
Dia, mês e ano do Natal não estão certos? O Natal é uma convenção humana? Que importa?
Um dia, Jesus nasceu, veio à Terra, encarnou, a man do de Deus e por amor a nós, seus irmãos menores.
Na época natalina, aproveitando a sugestão do calen dário terreno, espíritos benévolos convidam ao amor maior, inundam o ambiente espiritual terreno de sons e imagens superiores, estimulam atividades que favore cem o otimismo e a fraternidade. Em cada um de nós, a onda do Bem anseia por eclodir.
Aproveitemos o anseio de renovação que todos os anos, nessa época, se repete, mas que, mais do que nun ca, é premente em nós. Esforcemo-nos por compreender e sentir a mensagem sublime de Jesus. Deixemo-nos en volver no verdadeiro clima do Natal, cheio de perdão, ternura e amizade.
Alistemo-nos nas legiões que confiam na vitória do Bem. Unamos as nossas, às vozes dos que cantam o estri bilho imortal: unir, recompor, construir, elevar!
Movendo-se, então, na paisagem espiritual da huma nidade, o Mestre enfim encontrará abrigo em nosso co ração, as condições de união e vivência do clima frater nal. E, enfim, nascerá em nós esse Cristo divino! O Na tal será novo, o Messias, o mesmo: Jesus de Nazaré, o verbo divino que, um dia se fez carne e habitou entre nós, como simbolicamente nos diz João Evangelista. Ou, como nos dizem os bons Espíritos, o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo (O Livro dos Espíritos, 625)
Nasça Jesus em nossos corações e, com ele em nós, façamos nascer ao nosso redor um mundo novo de paz e de amor.

QUE BOM QUE VIESTE, JESUS!
Jesus, quanta alegria em nossa alma, quando lembra mos o teu nascimento em nosso mundo!
Habitas, por direito, planos de luz e paz na espirituali dade e deixaste-os, para vires viver entre nós ...
Sabias que nós, teus irmãos menores, éramos e somos criaturas ainda rudes no sentimento e na ação.
Mas nos amas e sabes que podemos nos transformar para melhor, desenvolvendo as qualidades espirituais que Deus, O Pai nosso e teu, colocou em nossos espíritos como semente de vida eterna e evolutiva.
E vieste! Para dizer-nos que a vida do espírito é muito mais valiosa que a do corpo. Não finda no túmulo e seus tesouros “o ladrão não rouba, a traça não rói e a ferrugem não corrompe”.
Para alcançá-la, é preciso apenas ter “olhos de ver” a verdade invisível e “ouvidos de ouvir” os chamados do Bem. E “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, perdoando sempre para também ser perdoado.
Mestre incomparável, não falaste somente. Demons traste, vivendo, a lei do serviço incansável em favor do bem de todos, na mais pura e inalterável fraternidade.
Que bom que vieste, Senhor! Ainda estamos procu rando seguir-te os passos mas já sabemos que, se nos gui armos por essas verdades que nos ensinaste, encontrare mos a paz e instalaremos o amor na Terra.
És, sim, o caminho da verdade e da vida! Ninguém vai ao Pai, senão por ti!
Como o povo de Israel anelava por ti, há dois mil anos, assim precisamos de ti, Messias, Ungido do Senhor, para sairmos das trevas e do pranto, da guerra e da dor, para um mundo de luz e alegria, de paz e solidariedade.
Nasce em nosso coração, Jesus! Aceita o humilde aposento que te oferecemos em nossa alma, neste mo mento de prece, e vem iluminar a paisagem de nossa vida!
Que estejas conosco, sempre! Em nossos olhos, ao fi tarmos os que nos rodeiam. Em nossa boca, quando com eles falarmos. Em nossos pés, para caminharmos ao en contro deles. E em nossas mãos, para ajudá-los sempre que precisarem.
Sentindo-te dentro de nós, Jesus, invade-nos imensa alegria e vem-nos um anseio de amor por toda a humani dade!
Ah, o canto dos anjos em teu Natal na Terra!. .. Agora o compreendemos, integralmente, pois também a nossa alma canta:
Glória a Deus nas alturas! Paz na Terra! Boa vontade para com todas as criaturas!

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