Reunião de Estudo: Preparacao para o Natal - Parte 2 (2011)

Ano VII - 13/12/2011

Estudo do Livro Jesus o Cristo - Therezinha Oliveira
CAPÍTULO II – E O VERBO SE FEZ CARNE
A HISTÓRIA DO NATAL

A REVELAÇÃO DOS ANJOS
Narra o evangelista que, de início, só um anjo apare¬ceu aos pastores. Mesmo assim, “a glória do Senhor os cer¬cou de resplendor, e tiveram grande temor”.
Curioso esse nosso medo ante as manifestações espirituais! Por que será? Talvez pelo inusitado que nos intimida; ou por estarmos habituados a pensar em deuses rigo¬rosos, que nos apavoram; e, também, porque instintivamente nos reconhecemos em falha perante a lei divina e isso nos faz temerosos de possíveis conseqüências.
O anjo, o mensageiro espiritual, precisou acalmar aos pastores:
“- Não temais. ( ... )trago novas de alegria para todo o povo. ( ... )na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, o Cristo.”
O nascimento de Jesus seria motivo de alegria geral, por causa da missão de Jesus, seu labor em favor da humanidade toda, redimindo-a, salvando-a da ignorância quanto às realidades espirituais, libertando-a do materialismo e do egoísmo, do orgulho e do ódio, bem como da intolerância, ensejando uma era de paz e progresso.
Depois, apareceu no céu a “milícia celeste”. Como são numerosos os espíritos do Bem! Constituem uma co¬letividade, que alguns denominam de Espírito Santo, são a comunidade dos espíritos bons, que agem em nome do amor de Deus, em tudo e sobre todos. A humanidade, no entanto, supõe que o mundo esteja ao acaso, ou en¬tregue às hastes malignas, e por isso teme.
A multidão de bons espíritos cantava: “Glória a Deus nas alturas!” Louvavam a Deus, pois é dele que nos vem todo o bem e sua vontade é soberana.
“Paz na Terra!” cantavam, também.Tanta coisa parece faltar no mundo: solo, casas, pão, roupas ... E os bons espíritos somente nos desejam paz?! Sim, é o quanto basta, basicamente, às criaturas, pois tudo o mais que nos é necessário Deus já previu e providenciou que exista.
Deus deu aos seres vida, inteligência, capacidade de ação, imortalidade. Por morada, concedeu,lhes o Universo, pleno de recursos, ensejando,lhes a convivência com seres iguais, inferiores ou superiores, para que possam realizar obras e desfrutar vivência afetiva, evoluindo intelectual e moralmente. Que mais precisaria fazer? Os seres humanos é que precisamos fazer a nossa parte, vi¬vendo sem perturbar nem prejudicar a paz, o equilíbrio da natureza (ecológico), do nosso próprio eu (psicológi¬co) e o da coletividade (sociológico), para seguir trabalhando, aprendendo e progredindo.
“Boa vontade para com os homens!” cantavam, ainda, ex¬pressando a disposição de acompanhar o desígnio de Deus e a atitude fraterna do Mestre, que veio até nós para nos ajudar. Deus, Jesus e os bons espíritos agem com boa vontade para conosco. Estaremos correspondendo a essa boa vontade? Temos boa vontade uns para com os outros?

OS PASTORES
A Palestina era uma terra de pastores mas nem todos viram os anjos ou ouviram sua mensagem, só os que guar¬davam os rebanhos nas vigílias da noite. Estava escuro, ha¬via perigo, sentiam cansaço, solidão ... Mas não dormiam e não abandonaram o rebanho; sobrepujando dificuldades, cumpriam o seu dever. Só quem age assim vê os men¬sageiros de Deus, ou lhes sente a presença e inspiração.
E os pastores disseram entre si: “Vamos até Belém e vejamos o que aconteceu, o que o Senhor nos deu a conhecer”. Se não dessem atenção à notícia e não caminhassem com seus próprios pés no rumo indicado, mesmo tendo visto e ouvido anjos, não chegariam a ver o Cristo. A ação da criatura complementa a revelação.
Quantas revelações já tivemos, os espíritas, com a teoria e a prática doutrinárias? Imortalidade, reencarnação, evolução, livre-arbítrio, causa e efeito, intercâmbio mediúnico, fluidos, perispírito, revivescência do Evangelho ... Que estamos fazendo para dar seqüência em nossa vida a tantas e tão valiosas informações espiri¬tuais?

OS MAGOS
Apenas Mateus os menciona. A tradição popular os fez reis e afirma que eram três, tendo por nome Melchior, Gaspar e Baltazar, mas o evangelho apenas cita uns ma¬gos e sabemos, pelos historiadores gregos, como Heródo¬to e Xenofonte, que os magos eram sacerdotes muito conceituados entre medos e persas, casta ocupada so¬bretudo em medicina, astronomia (então, ainda astrolo¬gia) e ciências divinatórias (relacionadas às coisas espiri¬tuais).
Os magos vinham do Oriente e se dirigiam para Jeru¬salém. Movidos pelo ideal, haviam abandonado comodidades e buscavam a cidade santa, símbolo de espiritualidade. Há quem penetre no campo da espiritualidade vi¬sando a interesses materiais, benefícios imediatos. Os magos, porém, buscavam a Jesus, um mestre espiritual. Muitos buscam a Jesus, interessados no que ele lhes pos¬sa oferecer de benefícios aqui e agora; os magos o procu¬ravam para adorá-lo, reverenciá-lo. E quando o encon¬traram, abrindo os seus tesouros lhe ofertaram dádivas: ouro, simbolizando os valores do ser, tudo que se é, sabe e pode; incenso, traduzindo submissão, acatamento, obe¬diência; e mirra, demonstrando sentimento, amor, devo¬tamento.
Após terem encontrado Jesus, os magos receberam uma revelação em sonho. A comunicação com o plano espiritual, enquanto o corpo dorme, é ocorrência co¬mum, de que nem sempre guardamos lembrança. No seu sonho especial, os magos foram avisados: Não voltem a Herodes. O aviso era para que não fossem contar ao rei onde estava o recém-nascido, porque não queria reve¬renciá-lo, como afirmava, e, sim, ceifar-lhe a vida.

VIDEO COMPLEMENTAR AO ESTUDO DO NATAL


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