Reunião de Estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo (87)

Ano VII - 18/12/2011
CAPÍTULO VII - BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

INSTRUCÕES DOS ESPÍRITOS
Missão do homem inteligente na Terra
13. Não vos ensoberbais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito
estreitos no mundo em que habitais. Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste
planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer
num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem
de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis
desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele. A natureza do
instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro
entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra? Que diríeis, se
esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é
horrível e que ele merece expulso. Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da
sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Não levanta
ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? Tem ele direito
ao salário prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Sê-lo-á, não duvideis,
e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante dAquele
a quem tudo deve.
A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem
empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a
vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance.
Infelizmente, muitos a tomam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O
homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe
faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe
concedeu. - Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)

Comentários