Novo Testamento - Domingo, 31/01/2010

Matheus, capítulo 27, versículo 11;22

(11) E foi Jesus apresentado ao presidente e, interrogando-o, disse: És tu o rei dos judeus? Jesus, pois, disse: “Tu estás dizendo”. (12) Mas ao ser acusado pelos principais sacerdotes, nada respondeu. (13) Então disse-lhe Pilatos: Não ouves quantos testemunham contra ti? (14) E não lhe respondeu sequer uma palavra, de sorte que o presidente estava muito maravilhado. (15) Ora, em cada festa costumava o presidente soltar o preso que o povo queria. (16) Tinham então prisioneiro um famoso chamado Barabas. (17) Congregados eles, pois, disse-lhes Pilatos: Quem quereis que vos solte? Barabas ou Jesus, o denominado Cristo? (18) Pois sabia que por inveja o haviam entregado. (19)Estando ele sentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão deste justo, porque num sonho muito sofri por causa dele. (20) Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram ao povo que pedisse Barabás e perdesse Jesus. (21) Respondendo, pois, o governador disse-lhes: Qual dos dois quereis que vos solte? Eles disseram: Barabás. (22) Disse-lhe Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado o ungido? Disseram todos: Crucifica! (23) E o presidente, então falou: Mas que mal fez ele? E eles mais gritavam, dizendo: Seja Crucificado!
Baseado no Livro: Fonte Viva, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel
SOLIDÃO
A medida que te elevas, monte acima, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma sensível.
Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocidade? Onde pousam os corações que te buscavam o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ri dentes do início?
Certo, ficaram...
Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira das borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contacto da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.
Em torno de ti, a claridade.. mas também o silêncio...
Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...
Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.
Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?
Choras, indagas e sofres...
Contudo, que espécie de renascimento não será doloroso?
A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente, para produzir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.
A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.
A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.
Não te canses de aprender a ciência da elevação.
Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos. Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.
Recorda-te dele e segue...
Não relaciones os bens que já. espalhaste.
Confia no Infinito Bem que te aguarda.
Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado.

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