Estudos do Novo Testamento - Domingo, 15/11/2009 - Mat 26, 30

Mateus – capítulo 26 - vers. 30

(30) E cantando um hino, saíram para o Monte das Oliveiras.

Interpretação: Livro, Sabedorias do Evangelho de C. Torres Pastorino
A saída do *Cenáculo (livro VIII)
Neste pequeno versículo, vemos a confirmação do hábito israelita de finalizar a ceia pascal com a recitação do hino de ação de graças (eucharistía), que era cantado depois da quarta e última taça de vinho. Sendo assim, depois da prece, dirige-se Jesus com Seus discípulos para orar no monte das Oliveiras. Como já vimos de outras vezes, para orar Jesus sempre “sobe a um monte”, isto é, eleva suas vibrações; pois só subindo a frequência vibratória, conseguirá sintonizar com a altíssima faixa que venha a atingir a Casa do Pai.
Além disso, temos que considerar o simbolismo não apenas do “monte”, como também do nome desse monte: “das oliveiras”. Desde Noé, a oliveira simboliza a PAZ.
Tendo elevado Suas vibrações, automaticamente penetra na esfera da Paz interna, que nada poderá alterar, pois se torna inatingível às vibrações barônticas do “mundo”.
Aí temos, pois, uma lição que a todos nós servirá: nos grandes momentos que precedem ou acompanham os passos decisivos de nossa vida, mesmo quando as forças negativas nos atacam, precisamos subir a sintonia e penetrar na paz, a fim de não sermos atingidos pelos distúrbios provenientes do mundo externo. Nessa atmosfera de paz dinâmica interna profunda, pode cair sobre nós qualquer avalanche, que nosso Eu não se perturba, embora nossa personagem transitória possa angustiar-se externamente. Mas a individualidade não se altera, e acaba conseguindo dominar e controlar a personagem.

Complemento do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Maneira de orar (Cap. XXVII – item 22)
O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar!
A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.
A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogailhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: "Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende." Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: "Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças." Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós.
Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional. - V. Monod. (Bordéus, 1862.)

*Cenáculo (Segundo Dicionário Aurélio: sala onde se comia a ceia ou a janta. Reunião de pessoas que tem idéias ou objetos comum)

Comentários

  1. Amiga querida.
    Que Deus possa continuar abençoando vcs nesse propósito de estudar as leis que regem a vida. Lembremos sempre que o Evangelho de Jesus é o único roteiro a ser seguido, se quisermos alcançar, um dia, a sublimação.
    Um gde abraço.
    Marci

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