Reunião Publica: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo (131)

Ano VIII - 16/12/2012
CAPÍTULO XII - AMAI OS VOSSOS INIMIGOS

Os inimigos desencarnados
5. Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe
ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre
de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o
homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom,
Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois
que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que,
assim, a vingança, que tome, falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito
produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo
demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o
mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a
verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto,
apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo:
Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se
mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todopretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua
morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui
instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.

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