Reunião Publica (272) - O Evangelho Segundo o Espiritismo

Ano IX - 22/11/2015

CAPÍTULO XXVIII
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

II - PRECES POR AQUELE MESMO QUE ORA
Aos anjos guardiães e aos Espíritos protetores

11. PREFÁCIO. Todos temos, ligado a nós, desde o nosso nascimento, um Espírito
bom, que nos tomou sob a sua proteção. Desempenha, junto de nós, a missão de um pai para
com seu filho: a de nos conduzir pelo caminho do bem e do progresso, através das provações
da vida. Sente-se feliz, quando correspondemos à sua solicitude; sofre, quando nos vê
sucumbir.
Seu nome pouco importa, pois bem pode dar-se que não tenha nome conhecido na
Terra. Invocamo-lo, então, como nosso anjo guardião, nosso bom gênio. Podemos mesmo
invocá-lo sob o nome de qualquer Espírito superior, que mais viva e particular simpatia nos
inspire.
Além do Anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos
protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los
entre amigos, ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles
nos assistem com seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida.
Espíritos simpáticos são os que se nos ligam por uma certa analogia de gostos e
pendores. Podem ser bons ou maus, conforme a natureza das inclinações nossas que os
atraiam.
Os Espíritos sedutores se esforçam por nos afastar das veredas do bem, sugerindo-nos
maus pensamentos. Aproveitam-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas
abertas, que lhes facultam acesso à nossa alma. Alguns há que se nos aferram, como a uma
presa, mas que se afastam, em se reconhecendo impotentes para lutar contra a nossa
vontade.
Deus, em o nosso anjo guardião, nos deu um guia principal e superior e, nos Espíritos
protetores e familiares, guias secundários. Fora erro, porém, acreditarmos que forçosamente,
temos um mau gênio ao nosso lado, para contrabalançar as boas influências que sobre nós se
exerçam. Os maus Espíritos acorrem voluntariamente, desde que achem meio de assumir
predomínio sobre nós, ou pela nossa fraqueza, ou pela negligência que ponhamos em seguir
as inspirações dos bons Espíritos. Somos nós, portanto, que os atraímos. Resulta desse fato
que jamais nos encontramos privados da assistência dos bons Espíritos e que de nós depende
o afastamento dos maus. Sendo, por suas imperfeições, a causa primária das misérias que o
afligem, o homem é, as mais das vezes, o seu próprio mau gênio. (Cap. V, nº 4.)
A prece aos anjos guardiães e aos Espíritos protetores deve ter por objeto solicitarlhes
a intercessão junto de Deus, pedir-lhes a força de resistir às más sugestões e que nos
assistam nas contingências da vida.

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