Reunião Publica (251) - O Livro dos Espíritos

Ano IX - 28/06/2015

Cap. VII - Recordação da existência corpórea

317. Após a morte, conservam os Espíritos o amor da pátria?

“O princípio é sempre o mesmo. Para os Espíritos elevados, a pátria é o Universo.
Na Terra, a pátria, para eles, está onde se ache o maior número das pessoas que lhes são
simpáticas.”

As condições dos Espíritos e as maneiras por que vêem as coisas variam ao infinito,
de conformidade com os graus de desenvolvimento moral e intelectual em que se achem.
Geralmente, os Espíritos de ordem elevada só por breve tempo se aproximam da Terra.
Tudo o que aí se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas do infinito, tão
pueris são, aos olhos deles, as coisas a que os homens mais importância ligam, que quase
nenhum atrativo lhes oferece o nosso mundo, a menos que para aí os leve o propósito de
concorrerem para o progresso da Humanidade. Os Espíritos de ordem intermédia são os que
mais freqüentemente baixam a este planeta, se bem considerem as coisas de um ponto de
vista mais alto do que quando encarnados. Os Espíritos vulgares, esses são os que aí mais
comprazem e constituem a massa da população invisível do globo terráqueo. Conservam
quase que as mesmas idéias, os mesmos gostos e as mesmas inclinações que tinham quando
revestidos do invólucro corpóreo. Metem-se em nossas reuniões, negócios, divertimentos,
nos quais tomam parte mais ou menos ativa, segundo seus caracteres. Não podendo
satisfazer às suas paixões, gozam na companhia dos que a eles se entregam e os excitam a
cultivá-las. Entre eles, no entanto, muitos há, sérios, que vêem e observam para se
instruírem e aperfeiçoarem.

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