Reunião Publica: O Evangelho Segundo o Espiritismo (172)

Ano IX - 17/11/2013

CAPÍTULO XV
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
Fora da Igreja não há salvação. Fora da verdade não há salvação
8. Enquanto a máxima - Fora da caridade não há salvação - assenta num princípio
universal e abre a todos
os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma - Fora da Igreja, não há salvação -
se estriba, não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as
religiões, porém numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto. Longe de
unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e
sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram
malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários. Desprezando a
grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos outros, até no campo do
repouso. A máxima - Fora da caridade não há salvação consagra o princípio da igualdade
perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos
e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram
uns pelos outros. Com o dogma - Fora da Igreja não há salvação, anatematizam-se e se
perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo
pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem
remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei
evangélica.

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