Reunião Publica: Livro dos Espíritos (155)

Ano IX - 09/06/2013

CAPÍTULO IV -DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
Transmigrações progressivas

191. As dos nossos selvagens são almas no estado de infância?
“De infância relativa, pois já são almas desenvolvidas, visto que já nutrem paixões.”

a) - Então, as paixões são um sinal de desenvolvimento?
“De desenvolvimento, sim; de perfeição, porém, não. São sinal de atividade e de
consciência do eu, porquanto,na alma primitiva, a inteligência e a vida se acham no estado de gérmen.”
A vida do Espírito, em seu conjunto, apresenta as mesmas fases que observamos na
vida corporal. Ele passa gradualmente do estado de embrião ao de infância, para chegar,
percorrendo sucessivos períodos, ao de adulto, que é o da perfeição, com a diferença de que
para o Espírito não há declínio, nem decrepitude, como na vida corporal; que a sua vida,
que teve começo, não terá fim; que imenso tempo lhe é necessário, do nosso ponto vista,
para passar da infância espírita ao completo desenvolvimento; e que o seu progresso se
realiza, não num único mundo, mas vivendo ele em mundos diversos. A vida do Espírito,
pois, se compõe de um série de existências corpóreas, cada uma das quais representa para
ele uma ocasião de progredir, do mesmo modo que cada existência corporal se compõe de
uma série de dias, em cada um dos quais o homem obtém um acréscimo de experiência e de
instrução. Mas, assim como, na vida do homem, há dias que nenhum fruto produzem, na do
Espírito há existências corporais de que nenhum resultado colhe, porque não as soube
aproveitar.

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