Reunião de Estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo (122)

Ano VIII - 14/10/2012
CAPÍTULO XI - AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Deve-se expor a vida por um malfeitor?
15. Acha-se em perigo de morte um homem; para o salvar tem um outro que expor a
vida. Sabe-se, porém, que aquele é um malfeitor e que, se escapar, poderá cometer novos
crimes. Deve, não obstante, o segundo arriscar-se para o salvar?
Questão muito grave é esta e que naturalmente se pode apresentar ao espírito.
Responderei, na conformidade do meu adiantamento moral, pois o de que se trata é de saber
se se deve expor a vida, mesmo por um malfeitor. O devotamento é cego; socorre-se um
inimigo; deve-se, portanto, socorrer o inimigo da sociedade, a um malfeitor, em suma. Julgais
que será somente à morte que, em tal caso, se corre a arrancar o desgraçado? E, talvez, a toda
a sua vida passada. Imaginai, com efeito, que, nos rápidos instantes que lhe arrebatam os
derradeiros alentos de vida, o homem perdido volve ao seu passado, ou que, antes, este se
ergue diante dele. A morte, quiçá, lhe chega cedo demais; a reencarnação poderá vir a ser-lhe
terrível. Lançai-vos, então, ó homens; lançai-vos todos vós a quem a ciência espírita
esclareceu; lançai-vos, arrancai-o à sua condenação e, talvez, esse homem, que teria morrido
a blasfemar, se atirará nos vossos braços. Todavia, não tendes que indagar se o fará, ou não;
socorrei-o, porquanto, salvando-o, obedeceis a essa voz do coração, que vos diz: "Podes
salvá-lo, salva-o!" - Lamennais. (Paris, 1862.)

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