Reunião de Estudo: O Passe Espírita - parte II (45)

Ano VII - 27/02/2011

O PASSE
“Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”.
(MateuS, 8:17).

Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisio-psíquicas, operação de boa
vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício.
Se a moléstia, a tristeza e a amargura são remanescentes de nossas imperfeições,
enganos e excessos, importa considerar que, no serviço do passe, as tuas meIhoras
resultam da troca de elementos vivos e atuantes.
Trazes detritos e aflições e alguém te confere recursos novos e bálsamos
reconfortantes.
No clima da prova e da angústia, és portador da necessidade e do sofrimento.
Na esfera da prece e do amor, um amigo se converte no instrumento da Infinita
Bondade, para que recebas remédio e assistência.
Ajuda o trabalho de socorro aqui mesmo, com esforço da limpeza interna.
Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que te não
compreendem, foge ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para
com todos os que te cercam.
O mal é sempre a ignorância, e a ignorância reclama perdão e auxílio para que sedesfaça, em favor nossa própria tranqüilidade.
Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe, em substância, e ato sublime de
fraternidade cristã purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.
Ninguém deita alimento indispensável em vaso impuro.
Não abuses, sobretudo daqueles que te auxiliam.
Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão só porque os teus caprichos e
melindres pessoais estejam feridos.
O passe exprime, também, gastos de forças e não deves provocar o dispêndio de
energias do Alto, com infantilidade e ninharias.
Se necessitas de semelhante intervenção, recolhe-te a boa vontade, centraliza a tua
expectativa nas fontes celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando a
receptividade edificante, inflama o teu coração na confiança positiva e, recordando que
alguém vai arcar com peso de tuas aflições, retifica o teu caminho, considerando
igualmente o sacrifício incessante de Jesus por nós todos, porque, de conformidade com
as letras sagradas, “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas
doenças”. (Livro Segue-me – Francisco Candido Xavier – Emmanuel – Ed. O Clarim)

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