Sobre o filme Nosso Lar 2 - Estudos das obras de André Luiz (BR)


Esta semana tivemos um bate-papo sobre o filme Nosso Lar 2, lançado em janeiro deste ano nos cinemas brasileiros. A trama é narrada por André Luiz, que acompanha uma equipe espiritual orientada por Aniceto. Juntos a outros espíritos, esse grupo está responsável pelo auxilia e amparo de Otávio (responsável pela casa espírita), Isidoro (o médium) e Fernando (empresário) todos reencarnados na cidade do Rio e Janeiro. E claramento comprometidos com a família e os trabalhos na seara espírita de uma maneira ou de outra. A partir deste ponto a trama se desenrola com muitas reflexões, sobre perdão, missão do espírita, papel na família, e muito mais. É claro que o filme, apesar de muito tocante, é só uma página do livro! Sendo assim, não deixe de ler a obra psicografada por Chico Xavier, ditada pelo espírito André Luiz (Os mensageiros).

Para embasar nossos comentários relemos o capítulo 3 do livro que inspirou o filme. Confira agora, apenas um pedacinho dessa conversa entre André Luiz e Tobias.

Cap. 3 – No centro de Mensageiros
Mas esta organização imensa restringe-se ao movimento de transmissão de mensagens? Perguntei, curioso. O companheiro sorriu significativamente e esclareceu: — Não suponha se encontre aqui localizado o serviço de correio, simplesmente. O Centro prepara entidades a fim de que se transformem em cartas vivas de socorro e auxílio aos que sofrem no Umbral, na Crosta e nas Trevas. Acreditaria, porventura, que tanto trabalho se destinasse apenas a mera movimentação de noticiário? Amplie suas vistas. Este serviço é a cópia de quantos se vêm fazendo nas mais diversas cidades espirituais dos Planos superiores. Preparam-se aqui numerosos companheiros para a difusão de esperanças e consolos, instruções e avisos, nos diversos setores da evolução planetária. Não me refiro tão só a emissários invisíveis. Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação. Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente. Tarefeiros do conforto espiritual encaminham-se para os círculos carnais, em quantidade considerável, habilitados pelo nosso Centro de Mensageiros.
(...)
— Você não ponderou, todavia, meu caro André, que essa preparação não constitui, ainda, a realização propriamente dita. Saem milhares de mensageiros aptos para o serviço, mas são muito raros os que triunfam. Alguns conseguem execução parcial da tarefa, outros muitos fracassam de todo. O serviço legítimo não é fantasia. É esforço sem o qual a obra não pode aparecer nem prevalecer.  Longas fileiras de médiuns e doutrinadores para o mundo carnal partem daqui, com as necessárias instruções, porque os benfeitores da Espiritualidade Superior, para intensificarem a redenção humana, precisam de renúncia e de altruísmo. Quando os mensageiros se esquecem do espírito missionário e da dedicação aos semelhantes, costumam transformar-se em instrumentos inúteis. Há médiuns e mediunidade, doutrinadores e doutrina, como existem a enxada e os trabalhadores. Pode a enxada ser excelente, mas, se falta espírito de serviço no cultivador, o ganho da enxada será inevitavelmente a ferrugem. Assim acontece com as faculdades psíquicas e com os grandes conhecimentos. A expressão mediúnica pode ser riquíssima; entretanto, se o dono não consegue olhar além dos interesses próprios, fracassará fatalmente na tarefa que lhe foi conferida. Acredite, meu caro, que todo trabalho construtivo tem as batalhas que lhe dizem respeito. São muito escassos os servidores que toleram as dificuldades e reveses das linhas de frente. Esmagadora percentagem permanece a distância do fogo forte. Trabalhadores sem conta recuam quando a tarefa abre oportunidades mais valiosas. 
(...)
— Ah! Meu amigo, — falou Tobias sorridente, — poderia você admitir que as obras do bem estivessem circunscritas a simples operações automáticas? Nossa visão, na Terra, costuma viciar-se no círculo dos cultos externos, na atividade religiosa. Cremos, por lá, resolver todos os problemas pela atitude suplicante. Entretanto, a genuflexão não soluciona questões fundamentais do Espírito, nem a mera adoração à Divindade constitui a máxima edificação. Em verdade, todo ato de humildade e amor é respeitável e santo, e, incontestavelmente, o Senhor nos concederá suas bênçãos; no entanto, é imprescindível considerar que a manutenção e limpeza do vaso, para recolhe-las, é dever que nos assiste. Não preparamos, pois, neste Centro, simples postalistas, mas Espíritos que se transformem em cartas vivas de Jesus para a Humanidade encarnada. Pelo menos, este é o programa de nossa administração espiritual…  



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