Reunião Publica (289) - O Evangelho Segundo o Espiritismo

Ano IX - 20/03/2016

CAPÍTULO XXVIII
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

IV - PRECES PELOS QUE JÁ NÃO SÃO DA TERRA

Por um suicida

71. PREFÁCIO. Jamais tem o homem o direito de dispor da sua vida, porquanto só a
Deus cabe retirá-lo do cativeiro da Terra, quando o julgue oportuno. Todavia, a justiça divina
pode abrandar-lhe os rigores, de acordo com as circunstâncias, reservando, porém, toda a
severidade para com aquele que se quis subtrair às provas da vida. O suicida é qual
prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que
julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores. (Cap. V, n° 14 e
seguintes.)
72. Prece. - Sabemos, ó meu Deus, qual a sorte que espera os que violam a tua lei,
abreviando voluntariamente seus dias; mas, também sabemos que infinita é a tua
misericórdia. Digna-te, pois, de estendê-la sobre a alma de N... Possam as nossas preces e a
tua comiseração abrandar a acerbidade dos sofrimentos que ele está experimentando, por não
haver tido a coragem de aguardar o fim de suas provas.
Bons Espíritos, que tendes por missão assistir os desgraçados, tomai-o sob a vossa
proteção; inspirai-lhe o pesar da falta que cometeu. Que a vossa assistência lhe dê forças para
suportar com mais resignação as novas provas por que haja de passar, a fim de repará-la.
Afastai dele os maus Espíritos, capazes de o impelirem novamente para o mal e prolongar-lhe
os sofrimentos, fazendo-o perder o fruto de suas futuras provas.
A ti, cuja desgraça motiva as nossas preces, nos dirigimos também, para te exprimir o
desejo de que a nossa comiseração te diminua o amargor e te faça nascer no íntimo a
esperança de melhor porvir! Nas tuas mãos está ele; confia na bondade de Deus, cujo seio se
abre a todos os arrependimentos e só se conserva fechado aos corações endurecidos.

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