Reunião Publica (264) - O Evangelho Segundo o Espiritismo

Ano IX - 27/09/2015

CAPÍTULO XXVIII
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

Oração dominical (Continuação)



V. Perdoa as nossas dívidas, como perdoamos aos que nos devem. - Perdoa as
nossas ofensas, como perdoamos aos que nos ofenderam.


Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que te fazemos e
uma dívida que contraímos e que cedo ou tarde teremos de saldar. Rogamos-te que no-las
perdoes pela tua infinita misericórdia, sob a promessa, que te fazemos, de empregarmos os
maiores esforços para não contrair outras.
Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas, a caridade não consiste apenas em
assistirmos os nossos semelhantes em suas necessidades; também consiste no esquecimento e
no perdão das ofensas. Com que direito reclamaríamos a tua indulgência, se dela não
usássemos para com aqueles que nos hão dado motivo de queixa?
Concede-nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo ressentimento, todo
ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando nós no coração desejos
de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste mundo, faze que nos possamos
apresentar, diante de ti, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos
pensamentos foram em prol dos seus algozes. (Cap. X.)
Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os maus nos
infligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como todas as outras provas, e
não maldizer dos que, por suas maldades, nos rasgam o caminho da felicidade eterna, visto que nos disseste, por intermédio de Jesus: "Bemaventurados
os que sofrem pela justiça!" Bendigamos, portanto, a mão que nos fere e
humilha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortificam a alma e que seremos
exalçados por efeito da nossa humildade. (Cap. XII, nº 4.) Bendito seja teu nome, Senhor, por
nos teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois da morte; que
encontraremos, em outras existências, os meios de resgatar e de reparar nossas culpas
passadas, de cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso.
(Cap. IV, e cap. V, nº 5.)
Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É a luz que se projeta
sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da tua justiça soberana e da tua infinita
bondade.

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