Reunião Publica (191): O Evangelho Segundo o Espiritismo

Ano IX - 30/03/2014

CAPÍTULO XVII
SEDE PERFEITOS - Item 4

Os bons espíritas
4. Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados
acima expostos, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que
um o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos
homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que
duvidam ou vacilam.
Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem
as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A
que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém
alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza e da sua
essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada
tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao
vulgo.
Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não,
tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que
inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com
admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer
material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um
certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que
independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido
especial, do Espírito encamado.(…)

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