Reunião de Estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo (39)

Ano VII - 16/01/2011
CAPÍTULO IV - NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Limites da encarnação

24. Quais os limites da encarnação?
A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em
vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse
envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados
do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte,
menos sujeito a vicissitudes.
Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau
e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o
Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
O próprio periespírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais
etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais
são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como
nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a
toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.
Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na
Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o
Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.
Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das
existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o
liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e
esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. S. Luís. (Paris, 1859.)

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