Reunião Publica (314) - O Livro dos Espíritos

Ano X - 18/09/2016
DA VOLTA DO ESPÍRITO À VIDA CORPORAL

CAPÍTULO VIII
DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA

407. É necessário o sono completo para a emancipação do Espírito?
“Não; basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Para se emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo.” Assim se explica que imagens idênticas às que vemos, em sonho, vemos estando apenas meio dormindo, ou em simples modorra.

408. E qual a razão de ouvirmos, algumas vezes em nós mesmos, palavras
pronunciadas distintamente e que nenhum nexo têm com o que nos preocupa?
“É fato: ouvis até mesmo frases inteiras, principalmente quando os sentidos
começam a entorpecer-se. É quase sempre, fraco eco do que diz um Espírito que convosco
se quer comunicar.”

409. Doutras vezes, num estado que ainda não é bem o do adormecimento, estando
com os olhos fechados, vemos imagens distintas, figuras cujas mínimas particularidades
percebemos. Que há aí, efeito de visão ou de imaginação?
“Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de desprender-se. Transporta-se e vê.
Se já fosse completo o sono, haveria sonho.”

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